#RESENHA - EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS 📚📖☕
Livro: Em algum lugar nas estrelas
Autor(a): Clare Vanderpool
Editora: Darkside Books
Gênero do livro: Ficção e aventura.
Número de páginas: 272
Ano de publicação: 2016
Quando
terminei a minha ultima leitura do ano, senti que precisava escrever essa
resenha o mais rápido possível, primeiro porque eu necessitava urgentemente
de contar para mais pessoas a minha experiência fantástica com o livro,
segundo para não perder nem um mínimo detalhe da historia, enquanto ela ainda
está fresquinha na minha cabeça.
Faz um
bom tempo que o livro "Em algum lugar nas estrelas" está na minha
lista de leituras, com um lugarzinho reservado pra ele na minha estante/
vitrine. Foi amor a primeira vista, por se tratar do tipo de livro que seduz
pela capa, pelo projeto gráfico e também por ser apaixonada por estrelas,
fiquei decidida que precisava lê-lo, já fantasiando na mente do que poderia se
tratar a historia, supondo ser de algum mistério do universo, constelações
e planetas, mas, admito que a historia passou longe das minhas expectativas, me
fazendo ficar ainda mais apaixonada pelo livro.
Em algum
lugar nas estrelas foi o primeiro livro da Clare Vanderpool, a ser traduzido e
lançado em terras brasileiras, pela editora DarkSide Books no ano de 2016.
O livro
se passa no ano de 1945, durante o final da segunda Guerra Mundial e conta a
historia dos jovens Jack Baker e Early Auden. Jack Baker acabou de perder a
mãe, por quem tinha muito apego, o seu pai é capitão da marinha e não é muito
de deixar transparecer suas emoções, por isso nunca demonstrou preocupação com
o filho. Com tudo isso, Jack é levado para um internato só para garotos, no
estado do Maine, muito longe do seu estado natal. Por ser novato e ter
dificuldades de interação, ele não consegue fazer amigos, em meio à indiferença
dos outros garotos. Esse turbilhão de acontecimentos faz com que ele se
sinta solitário, até que ele conhece o peculiar Early Auden (o segundo
personagem principal) com 1,40m de pura genialidade, ele decifra casas decimais
do numero Pi como se lesse uma historia, tem a intrigante mania de quando
esta com raiva contar e separar por cor as jujubas, e segue a risca as suas
regras musicais, aos domingos Mozart, segunda-feira Louis Armstrong, quarta-feira
Frank Sinatra, sexta-feira Glenn Miller e Billie Holiday para os dias de chuva.
A principio o Jack ouvia as suas historias com atenção, porém, sem acreditar
que tudo aquilo poderia ser real. Após a Regata (corrida de barcos realizada
pelos alunos do colegio) um dos maiores eventos da Morton Hill, eles entraram
na semana de ferias, todos os outros alunos foram pra casa e só ficaram no
colégio Jack e Early.
Early
conta para Jack, que vai partir em uma cruzada atrás do grande urso Apalache e
provar que Pi não tem fim, mesmo sem acreditar nos argumentos de Early, Jack
acaba cedendo e parte com ele nessa aventura.
"[...] Ele pode se perder e me levar junto,
mas é melhor do que ficar perdido e sozinho."
Pág.104
Estranhamente
Early e Jack passam por momentos bem semelhantes aos que Pi passava na
historia que Early conta, como se fossem transcritos para a realidade mudando
apenas alguns detalhes, isso acaba borrando as linhas entre realidade e ficção,
a principio fica um pouco confuso, mas a medida que vamos aprofundando na
historia tudo vai se esclarecendo.
Ao
embarcar no Maine (o barquinho) encontramos de piratas carrancudos e valentões
e pessoas prestativas e gentis a seres fantásticos. A historia vai muito além
de uma aventura de dois garotos fora dos muros do colégio é sobre
aprender a deixar os "fardos" de culpa, no chão e seguir em frente,
levar uma vida mais leve, nos fazendo descobrir o valor de uma amizade
verdadeira.
Segue o
meu trecho favorito... Em meio a tantas partes que nos fazem refletir e
comparar com as coisas mais simples e comuns do nosso dia a dia.
_
Ninguém pode dizer nada sobre saber o nome das estrelas. O céu não é um
campeonato ou uma prova. A única pergunta é: você consegue olhar para cima?
Absorver tudo aquilo? Quanto ao nome das constelações, elas não são meio nem
fim. As estrelas não estão presas umas ás outras. Estão lá para serem
admiradas. Olhadas, desfrutadas. É como pescar com vara. Pescar com vara não é
sobre pegar o peixe. É aproveitar a água, a brisa, os peixes nadando à sua
volta. Se pegar um, ótimo. Se não ... melhor ainda. Significa que você pode
voltar e tentar de novo!
Pág. 168
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