Nunca estamos preparados ...
Por incrĂvel que pareça, havia algumas semanas que sequer discutĂamos. Estava tudo fluindo, extremamente bem. Prevalecia uma paz mĂștua, entre a gente. EstĂĄvamos em completa harmonia. As mil e uma maravilhas. Ao mesmo tempo, que sentia que tinha algo de estranho no ar... TambĂ©m pressentia, que em fim, estĂĄvamos aprendendo a conviver uns com os defeitos do outro. Seus cochilos durante os filmes de sexta a noite, nĂŁo incomodavam mais. Meus atrasos nĂŁo te tiravam mais do serio. Tornamos compreensivos.
Fomos como as flores, na primavera. Tivemos a nossa época e florescemos, mas com a chegada do outono tudo se despedaçou, secou e morreu... Jamais poderia imaginar que eståvamos tão próximos do fim... Infelizmente, só esperamos tempestades em dias nublados... Nunca nos ensolarados.
Embora nĂŁo fĂŽssemos, muito instĂĄveis... Eu temia, morrer de saudades.
Nossa histĂłria foi constituĂda de idas e vindas, felizmente o que nos separava era mais fraco do que o que nos unia ... Mas nĂŁo daquela vez. Era diferente. Eu sentia. Ressentia por ser a Ășltima. SĂł esperava estar preparada, quando a vida, resolvesse me jogar esse balde de ĂĄgua fria. Pois sabia que nĂŁo te esqueceria, nem por simpatia.
Talvez o destino devesse ser mais sensĂvel, ou atĂ© se tornar previsĂvel, ao se tratar de perdas, para que tivĂ©ssemos tempo para preparar o emocional e psicolĂłgico. Ao invĂ©s de nos iludir com falsas primaveras, fazendo acreditar que seria sĂł flores e que nunca chegariam as dores...
Agora olhando de longe vejo que por mais que ele avisasse. Um alerta mandasse, de nada adiantaria, apenas a dor e a aflição aumentaria ... Afinal se tratando de perdas, por mais avisados, nunca estamos preparados para sofre-las...
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